Wednesday, December 14, 2011

AURÉLIO SCHOMMER É ENTREVISTADO POR VALDECK ALMEIDA DE JESUS


Valdeck Ameida de Jesus (dir) e Aurélio Schommer
foto: Renata Rimet

Gaúcho de Caxias do Sul, Aurélio Schommer não gosta de viajar. Mora na Bahia, onde atuou pela primeira vez como jornalista em Barreiras, distante 800km da capital, Salvador, cidade na qual reside atualmente. Mas é na literatura que ele se completa, escrevendo sobre fatos reais ou ficcionais. Não gosta de poesia, para não dar “enter” a todo momento e porque não acredita em criação metrificada e rimada. O texto do Aurélio flui quando se trata de “relaciones de pareja”, ou relacionamento humano, mais precisamente conflitos amorosos e a vida pulsante, viva. O leitor, para ele, é onde o escritor se imortaliza, por isso não consegue escrever sem pensar em quem vai ler... Prefere escrever sobre sentimentos, sexo, embora tenha se dedicado pouco, por causa da onda politicamente correta. Um de seus ídolos? Nelson Rodrigues. Medo? Da velhice, para não “voltar” à infância, da qual não tem boas recordações.

VALDECK: Quando e onde nasceu?
AURÉLIO: Em Caxias do Sul-RS, em 1967.

VALDECK: Já conhece o restante do Brasil? E outros países?
AURÉLIO: Não gosto de viajar. Conheço de vista grande parte do Brasil e com maior profundidade o interior da Bahia, o Rio de Janeiro e a região natal.

VALDECK: Como você começou a escrever? Por quê? Quando foi?
AURÉLIO: Como jornalista. Minha primeira atuação profissional foi em 1992, no semanário Novoeste, de Barreiras-BA.

VALDECK: Você escreve ficção ou sobre a realidade? Suas obras são mais poesias ou prosa? O que mais você gosta de escrever? Quais os temas?
AURÉLIO: Faço ficção e não ficção. Ficção é mais divertido, sem dúvida, embora nem sempre seja mais fácil. Poesia não gosto de fazer. Limitar ideias por rima ou métrica ou mesmo ficar dando “enter” nas linhas o tempo todo não me faz muito sentido.
Escrevo sobre qualquer tema, tanto na ficção como na não ficção. O que mais me agrada? Relaciones de pareja, como se diz em espanhol. O jogo de afetos, com os conflitos e ilusões envolvidos, é muito instigante. O “amor”, na falta de palavra mais apropriada, é muito engraçado.

VALDECK: Qual o compromisso que você tem com o leitor, ou você não pensa em quem vai ler seus textos quando está escrevendo?
AURÉLIO: Tenho o compromisso de tentar prendê-lo, agradá-lo, dizer algo que lhe desperte algum sentimento, seja qual for. Eu penso no leitor o tempo todo quando escrevo. Não escreveria se não houvesse a perspectiva de haver um leitor do outro lado da mensagem. Ser lido é tudo, é a forma de imortalidade mais interessante.

VALDECK: O que mais gosta de escrever?
AURÉLIO: Como já disse, ficção. Se tiver liberdade total (não for para público infanto-juvenil, puder ridicularizar os personagens e situações à vontade) tanto melhor. E, confessando, o erótico é fantástico em termos de satisfação. As perversões sexuais dão ótimos enredos. Não por acaso meu ídolo na literatura é Nelson Rodrigues. Se houvesse um público maior para o romance erótico, eu só faria isso. Infelizmente, estamos numa época muito pudica, politicamente correta, em que o erótico é visto como sexista. Por isso, tenho limitado o sexo em meus últimos livros ao beijo na testa.

VALDECK: Como nascem seus textos? De onde vem a inspiração? E você escreve em qualquer hora, em qualquer lugar ou tem um ritual, um ambiente?
AURÉLIO: A inspiração é importante, e no meu caso surge com facilidade. Posso fazer um romance com muita inspiração, situações instigantes, em duas semanas, e fica bom. Mas o mais importante não é a inspiração. É tempo para me dedicar à escrita. É o que mais me falta. O ambiente é importante, mas não é essencial.

VALDECK: Qual a obra predileta de sua autoria? Você lembra um trecho?
AURÉLIO: A obra predileta é “O padre novo”, romance inédito. Tem um achado que gosto muito: “Povo é todos aqueles não listados entre os ricos, os poderosos e os esquisitos”. É impressionante como tem gente que se autoencaixa nos “esquisitos”.

VALDECK: Seus textos são escritos com facilidade ou você demora muito produzindo, reescrevendo?
AURÉLIO: Dificilmente reescrevo. Reviso muito, troco palavras, evito repetições, mas não gosto de jogar páginas inteiras fora. Escrevo rápido, muito rápido.

VALDECK: Qual foi a obra que demorou mais tempo a escrever? Por quê?
AURÉLIO: Foi o primeiro romance, “Maristela”. Demorei dois meses e meio, uma eternidade. Estava inseguro, era o primeiro, só por isso. Não por ter demorado, mas porque acabou ficando interessante mesmo, é a obra mais vendida minha até aqui.

VALDECK: Concluiu a faculdade? Pretende seguir carreira na literatura?
AURÉLIO: Sim. Literatura para mim não é carreira. É uma tentativa de chegar ao leitor. Como carreira, tenho o serviço público, basta.

VALDECK: Qual o escritor ou artista que mais admira e que tenha servido como fonte de inspiração ou motivação para seu trabalho?
AURÉLIO: Além de Nelson Rodrigues, Machado de Assis. Ultimamente, Pedro Mexia.

VALDECK: O que você acha imprescindível para um autor escrever bem?
AURÉLIO: Você pode ser claro e ser bom, ou ser ruim. Pode ser obtuso e ser bom, ou ruim. Pode ser breve e ser bom, ou ruim. Pode fazer experimentações e ser bom, ou ruim. Não há uma receita, espero que nunca haja. Eu não gosto de usar clichês, mas há quem use e faça um enorme sucesso, até ganhe o Jabuti. Há quem construa tramas óbvias e ganhe o Nobel. E há Umberto Eco, há Machado, há Nelson. Eu gosto desses, não daqueles, mas há quem goste do contrário. Enfim, não há nada imprescindível.

VALDECK: Você usa o nome verdadeiro nos textos, por não usa um pseudônimo?
AURÉLIO: Não uso o nome completo. Nem divulgo, nem quero que seja divulgado. O cidadão com o nome completo não deve se misturar a Aurélio Schommer, que não é um pseudônimo, é parte de meu nome completo, mas exerce uma função social. O do nome completo é reservado.

VALDECK: Como foi a tua infância?
AURÉLIO: Não foi muito boa. Vivi mal a infância. Não por culpa de alguém, longe disso, a família foi maravilhosa comigo. Simplesmente foi uma fase ruim da vida. O adulto saiu-se bem melhor. Temo assim pelo surgimento do velho (está próximo). Terá uma tendência a regressar à infância. Por outro lado, sinto que o melhor momento ainda está para ser vivido.

VALDECK: Você é jovem, gasta mais tempo com diversão ou reserva um tempo para o trabalho artístico?
AURÉLIO: Estou longe de ser jovem, em todos os sentidos. Se passei essa impressão, é falsa. Não tenho tido muito tempo para diversão. Mesmo assim, forço pausas para pequenas diversões todos os dias, ou quase todos.

VALDECK: Tem um texto que te deu muito prazer ao ver publicado? Quando foi e onde?
AURÉLIO: Texto meu? Bem, teve um que fiz para o Novoeste, em Barreiras, sobre uma rebelião estudantil na Escola Estadual Padre Vieira em novembro de 1992. Mexeu com todo o universo escolar, recebi visitas particulares da diretora, de professores, de estudantes, a cidade voltou os olhos para minha matéria.

VALDECK: Você tem outra atividade, além de escritor?
AURÉLIO: Sim, sou servidor público federal.

VALDECK: Você se preocupa em passar alguma mensagem através dos textos que cria? Qual?
AURÉLIO: Não. Não existe algo em que eu acredite decididamente a ponto de pensar em proselitismo. Escrevo porque me dá prazer conversar com o leitor, não por uma causa. Até gostaria de ter uma causa, uma mensagem, mas toda vez que penso numa sobrevêm falácias. É difícil encontrar uma ideologia que não contenha falácias. Eu ainda não encontrei nenhuma.

VALDECK: Qual sua Religião?
AURÉLIO: Católico apostólico romano. Falho no proselitismo (não faço muito), como afirmei acima, na frequência às missas, mas não tenho outra religião e estou muito feliz com a minha. Ah, importante. Não é minha religião de infância, de berço, de adolescência. Sou um ateu convertido ao catolicismo.

VALDECK: Quais seus planos como escritor?
AURÉLIO: Escrever. Se possível, eternamente, mas isso ainda não é possível. Quem sabe não inventam a pílula da imortalidade biológica. Se isso acontecesse, poderia escrever para sempre e acho muito provável que o fizesse.

(*) Valdeck Almeida de Jesus é escritor, poeta e editor, jornalista formado pela Faculdade da Cidade do Salvador. Autor do livro “Memorial do Inferno: A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, já traduzido para o inglês. Seus trabalhos são divulgados no site www.galinhapulando.com

FonteS:

Monday, December 12, 2011

Fala Escritor na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato



Por: Carlos Souza

Recital de poesias, lançamento de livros, amigo secreto literário, apresentações teatrais e musicais marcam a última edição do ano, do projeto que difunde a poesia nos Shopping de Salvador.

Para quem gosta de ler, ouvir e declamar poesias, uma boa opção é o Sarau Literário de final de ano, que o projeto Fala Escritor realizará nesta terça-feira, dia 13, a partir das 14h, na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, no bairro de Nazaré. A programação será em clima de confraternização, com Amigo Secreto Literário, na qual todos poderão trazer uma poesia impressa e um presente para o sorteio. Os poemas irão compor um grande Varal Poético e o brinde será ofertado ao amigo sorteado. Também haverá teatro, recital, leituras, declamações, apresentações musicais e muito mais...

Além da confraternização para marcar mais um ano de poesia, na oportunidade serão lançados os livros "30 anos de Poesia e um Pouco Mais" e “Memórias do Inferno Brasileiro”, de Valdeck Almeida de Jesus e "Interfaces de Amor e Paz", antologia organizada pela Confraria dos Poetas pela Paz – CAPPAZ.

Os livros - 30 anos de Poesia e um Pouco Mais, tem capa de Ed Ribeiro, artista plástico baiano, premiado internacionalmente. A obra literária traz como o próprio nome diz; trinta textos poéticos correspondendo aos trinta anos de escrita de Valdeck Almeida de Jesus. Os demais poemas são reflexões mais recentes. O livro foi lançado na Livraria Martins Fontes da Avenida Paulista, em São Paulo, no último dia 11 de novembro de 2011 e está disponível, agora, aos baianos.

A obra "Memórias do Inferno Brasileiro", que também vai ser lançada, é a segunda edição, ampliada e revisada de "Memorial do Inferno: a saga da família Almeida no Jardim do Éden", de 2005, cuja renda foi doada, à época, para as Obras Sociais Irmã Dulce. Com prefácio de Lázaro Ramos, o novo livro já foi traduzido para inglês e está disponível no site da Livraria Cultura. No mês de novembro o livro foi lançado no Congresso Brasileiro de Escritores, realizado pela União Brasileira de Escritores (UBE), em Ribeirão Preto, São Paulo. 

Já "Interfaces de Amor e Paz” é a segunda antologia de poetas organizada pela A Confraria dos Poetas pela Paz - CAPPAZ, da qual Valdeck Almeida de Jesus faz parte com poemas e texto da orelha. Além dele, estão no livro os poetas Cristiano Ferreira de Sousa, Deomídio Neves de Macêdo Neto, Flávio Martinez Guebara, Iraildo Dantas-Lua, Luiz Menezes de Miranda, Pinho Sannasc, Renata Rimet, Varenka de Fátima Araújo, Vera Passos e a própria Joyce Lima Krischke, organizadora do livro e presidente da Cappaz.

Poetas - Iara Castro, Deomídio Macedo, Dinalva Macedo, Rosana Paulo, Luiz Miranda de Menezes, Josué Ramiro Ramalho, Iraildo Dantas, Jorge Carrano, Sérgio Mício, Dé Barrense, Carlos Souza e Rosane Rubim são alguns dos nomes já confirmados.  Todos serão bem vindos!
SERVIÇO
O que: Fala Escritor Especial
Onde: Biblioteca Infantil Monteiro Lobato - Praça Almeida Couto, s/nº - Nazaré – Salvador - BA
Quando: 13 de dezembro de 2011 (terça-feira) - 14h
Quanto: Grátis
Informações: (71) 8831-2888 / 8805-4708 / 8122-7231. falaescritor@hotmail.com / http://falaescritor.blogspot.com

Tuesday, November 22, 2011

Dia da Consciência Negra e Primeira Feira do Livro de Abrantes

Clara Maciel e Valdeck Almeida de Jesus - escritores baianos


1º MOVIMENTO DE OCUPAÇÃO LITERARIA DE VILA DE ABRANTES


Clara Maciel, a Guerreira das Letras, iniciou, nesse domingo (20), a ocupação literária da Praça de Buris, em Abrantes, distrito de Camaçari-BA.

A festa literária durou todo o dia e contou com a presença ilustre do Deputado Deraldo Damasceno, dos escritores Valdeck Almeida de Jesus, Clara Maciel, Varenka de Fátima Araújo, Jô Benevides e da comunidade local. Ao som de músicas baianas, Clara abriu o recital com poemas de sua autoria, seguida de alunos de escolas locais, que realizaram performances e leituras dramáticas.

Valdeck Almeida de Jesus lançou, na oportunidade, os livros "Varal Antológico", "Antologia da Cappaz", "Antologia Poetas Del Mundo - 2011", "IX Antologia dos Poetas Vivos de Olinda" entre outros. Varenka de Fátima lançou o recente livro "Ela em versos", que esgotou em poucos minutos. O clima quente do final de semana abriu caminho para a festa cívica e literária. Cada minuto era de alegria e comemoração. E quem ganhou foi a arte, que vive e sobrevive a qualquer custo, sempre injetando sangue novo e energia em quem se permite compartilhar cultura.

Segundo Clara Maciel "este é o primeiro de outros eventos literários em Buris". O povo da localidade aprovou com presença maciça. Fica a dica para outras datas comemorativas, quando o espaço poderá ser ocupado com livros e poesias. O Movimento Clara Clarear, capitaneado por Clara, sempre realiza atividades ligadas ao universo da poesia. Cordelista, poetisa, escritora, produtora cultural, mãe e esposa, Maciel incentiva aos novos talentos baianos a nunca desistir e a sempre permanecer na luta em favor da arte poética.

Saturday, November 05, 2011

A Bahia na Feira do Livro de Miami

Valdeck Almeida de Jesus, escritor baiano, tem livro selecionado para a 27ª Feira Internacional do Livro de Miami, que acontece de 13 a 20 de novembro de 2011.
Valdeck Almeida de Jesus - foto: Renata Rimet

A Bahia terá este escritor numa das maiores feiras do livro do mundo. O livro “Yes, I am gay. So, what? – Alice in Wonderland” (Sim, sou gay, e daí? – Alice no País das Maravilhas) foi incluído no catálogo pela editora iUniverse, de Nova York e vai ficar exposto na Galeria do Autor, na Seção B, Box 263 e 259 de acordo com Valdeck, obra é um romance LGBT que conta a história de um homossexual masculino cujo nome fictício é “Alice”, gíria gay para pessoas ingênuas. Em busca do amor de sua vida, a personagem vive aventuras e desventuras no chamado Mundo Gay.

Valdeck Almeida tem mais outros dois títulos em inglês: “Heartache Poems” (poesias) e “Memories from Brazilian Hell”. Este último é um romance que conta a história do próprio autor e sua família, no sertão jequieense, entre os anos 60 e 90, relatando fome e misérias de toda sorte. Para a editora, o título escolhido para a exposição pode causar um impacto e atenção às outras obras de Valdeck Almeida de Jesus.

Além dos títulos em inglês, Valdeck Almeida de Jesus, que também é jornalista, publicou outros doze livros e participa de sessenta e seis antologias, além de cordéis. O poeta é membro da Academia de Letras de Jequié, Academia de Cultura da Bahia e Academia de Letras de Teófilo Otoni, Fala Escritor e de vários movimentos literários brasileiros. A partir de 2005 ele patrocina um prêmio literário internacional que já publicou quase mil novos autores de Portugal, Angola, Moçambique, Estados Unidos, Venezuela, França, Argentina, Brasil, Macau e outras nacionalidades.



Informações

Feira de Miami: www.miamibookfair.com


Thursday, September 29, 2011

Fala Escritor no mês das crianças

Camila, Gabriel e Clara

Na edição de outubro, o Fala Escritor faz uma homenagem a todos os escritores mirins, na figura do talento mais jovem da Bahia: Gabriel Maciel. No evento também vão ser lançados os livros “Figuras Típicas e Religiosidade Popular de Jequié”, de Domingos Ailton e “Che, um poema guerrilheiro”, de Carlos Pronzato. Além disso, a música ribeirinha de Dé Barrense e os recitais poéticos completam a noite de sábado (08/10) na Saraiva do Iguatemi, a partir das 18 horas, com entrada franca.

Movimento Cultural Clarear (MCC)
Nesta edição o Fala Escritor apresenta uma família ímpar e plural. Clara Maciel é a matriarca de uma trupe da alegria e das letras. Fundadora do MCC, ela é mãe, escritora, poetisa, cordelista, ativista cultural e promotora de eventos. Clara se apresenta no quadro “Quem é o escritor” e traz consigo os filhos: Gabriel Francisco Santos Maciel, 12 anos, que aos seis ganhou concurso de poesia da rede Municipal de ensino. Aos oito anos lançou o primeiro livro, “Histórias do Folclore”, na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato. No mesmo ano recebeu a medalha “Nosso Talento”, da Secretaria de Educação de Salvador. Em agosto de 2009, lançou na Biblioteca Juracy Magalhães Jr., no Rio Vermelho, o segundo livro “O Pequeno Grande Herói”; Camilla Maciel, 16 anos, cursando o 4º ano técnico em eletromecânica, lançou “Um Pesadelo Chamado Otto”, seu primeiro livro.

LANÇAMENTOS
“Figuras Típicas e Religiosidade Popular de Jequié”, livro de autoria do professor e jornalista Domingos Ailton, que abordará o tema Tradição Oral e a Literatura Regional em sua palestra. Membro-fundador da Academia de Letras de Jequié, autor de peças de teatro, documentários e romances históricos, Domingos também edita a revista “Cotoxó” e dirige a ong Grupo Ecológico Rio das Contas – GERC, além de participar de movimentos culturais e políticos no Brasil inteiro.

O jornalista Carlos Pronzato lança “Che, um poema guerrilheiro”. Pronzato é cineasta argentino e reside no Brasil. Atuou na Revolta do Buzú, quando estudantes tomaram a rua para protestar contra o aumento da passagem do ônibus, em Salvador; e no dia 16 de maio de 2001, quando universitários exigiram a cassação do senador baiano Antonio Carlos Magalhães. Seu mais recente documentário, "Madres de Plaza de Mayo, Memoria, Verdad, Justicia" (Produção Executiva de Lola Laborda) ganhou o Prêmio Especial do Juri na XXXVI Jornada Internacional de Cinema da Bahia (2009) e o Premio Internacional Roberto Rossellini, no Festival de Maiori, na Itália (2009).

MÚSICA
Dé Barrense, o porta-voz do Rio São Francisco, depois de uma turnê por Sampa, terra da garoa, volta à terra do axé e da alegria, para encher o espaço Glauber Rocha com seus cantos e acordes. Dé já gravou vários CDs independentes e musicou 18 poemas de Valdeck Almeida de Jesus. Sucesso nas rádios Raiz Online (Portugal) e Sol (Diadema-SP), a música dele transpõe fronteiras e viaja mundo a fora.

PROJETO
O Fala Escritor nasceu da iniciativa do escritor e historiador Leandro de Assis, com apoio de vários outros poetas. A proposta é abrir espaço para escritores divulgarem suas obras, recitarem poemas e fazer intercâmbio cultural. A equipe é composta por Leandro de Assis, Valdeck Almeida de Jesus, Renata Rimet, Fau Ferreira, Carlos Souza, Pinho Sannasc e Cymar Gaivota.

Serviço:
O que: Fala Escritor – mês das crianças
Onde: Livraria Saraiva Mega Store do Shopping Iguatemi.
Quando: Dia 08 de outubro (sábado) a partir das 18h.
Entrada: Grátis
Informações: (71) 8831-2888 / 8805-4708 / 8122-7231
http://www.falaescritor.blogspot.com/

Sunday, September 25, 2011

Meu Caruru dos Sete Poetas

A festa já é tradição e Cachoeira abraça aos visitantes com comida, poesia e muito carinho.


Luíse Sousa, Valdeck Almeida de Jesus e Ivonete Almeida

Por: Valdeck Almeida de Jesus

Sempre ouvi falar do Caruru dos Sete Poetas, evento cultural que celebra encontros poéticos, regado a dendê, caruru e vatapá. Sempre tive vontade de ir, mas a oportunidade não chegava. Tudo tem seu tempo, é o que aprendi com os mais velhos. E o tempo de minha ida chegou. Na oitava edição, acontecida dia 24 de setembro de 2011, um sábado, lá fui eu, todo espevitado, curioso, feliz, para conhecer mais um pedaço da cultura baiana, digna de aplausos e de abraços calorosos.

Saí de Salvador logo cedo, com a amiga Luíse Sousa, direto pra Santo Amaro, foi um pulo. Na casa de minha irmã Ivonete Almeida, tomei café, esperei almoço e, enquanto isso, devorava “Capitães da Areia”, de Jorge Amado. Emoção a cada capítulo, lágrimas nos olhos, que eu disfarçava. Meio livro eu li antes do meio dia. Almoço, descanso, mais Jorge Amado, ansiedade para ir logo a Cachoeira… Fim de tarde, mais da metade do livro degustado, alma repleta de boa literatura, barriga cheia, não dava mais pra esperar.

A viagem foi contada em minutos. A cada quilômetro percorrido, o olho batia no relógio do painel do carro. Parecia que eu não conseguiria chegar a tempo. Luíse e Nete conversando feito matracas e eu não ouvia nem prestava atenção a nada. Só pensava em chegar atrasado, ter que procurar o local da festa e não ter tempo de falar ao vivo com Luísa ou João, da organização do evento, com quem eu entrei em contato por telefone antes de viajar. Eu levava livros para distribuir e não queria ser inconveniente nem atravessar a programação. Afinal, eu era apenas um visitante e não tinha o direito de interferir numa comemoração que já dura oito anos e que celebra poesia e orixás. Havia de ter respeito.

Finalmente cheguei e, após rodar algumas quadras, perguntar aqui e ali, me indicaram o local exato onde ficava o Largo D’Ajuda. Encontrei Luísa, troquei umas palavras e esperei a hora. A ansiedade me fazia achar que não ia ser lá grande coisa, pois demorou uma meia hora o atraso. Que nada! O show foi espetacular, magnífico, emocionante! Os convidados, todos especiais, deram shows de declamação, leituras, performances, recitais, além das atrações com dança, música afro, shows de palhaços e muita alegria no ar, uma energia que inebriava, entranhava nos poros e se multiplicava em risos, afagos no ego, sensação de paz e de segurança. A festa, inteira, foi só festa mesmo. Não tinha cara feia, nariz torcido ou empinado, sentimentos de superioridade. Todos, irmanados, comungavam a mesma emoção: poesia! E a poesia transpirava, inspirava, expirava e emocionava convidados e assistência. Tudo era magia e alegria pura.

Acompanhei cada palavra e cada gesto dos sete poetas, das sete entidades sagradas do reino da poesia: Gustavo Tatis e Pedro Blás Julio Romero (Cartagena – Colômbia), José Geraldo Neres (Santo André-SP), Karina Rabinovitz, Manuela Barreto e Marcos Peralta (Salvador-BA). Este último eu já conhecia o talento e o merecimento de estar ali. Vi, também, Douglas de Almeida e Cleberton Santos, com quem troquei uns minutos de alegria e confraternização. Aproveitei para distribuir mais de cem livros de vários autores, o que não deu para quem queria. Nete e Luíse me ajudando em tudo. A Cia Pé na Terra dos Palhaços, “Dança Recôncavo”, Roda de Samba Dona Dalva e mais um mar de emoções completaram meu caruru, que degustei com cerveja, o friozinho da cidade e o calor do sentimento de já pertencer àquela comunidade de pessoas do bem! Virão outros carurus, outras emoções e eu já estou arrumando a mala para a próxima edição!

Valdeck Almeida de Jesus é poeta, jornalista e escritor. Membro da Academia de Letras de Jequié, de Teófilo Otoni e Academia de Cultura da Bahia.

Fontes:


Tuesday, August 02, 2011

Sábado tem "Papo de Escritor" na Biblioteca Thales de Azevedo

A segunda edição do projeto traz as escritoras Morgana Gazel e Cristina Ramos


Com o objetivo de colocar o autor no centro das atenções, a União Brasileira de Escritores - UBE / núcleo Bahia, promoverá no dia 6 de agosto (sábado), a partir das 9h30, a segunda edição do projeto "Papo de Escritor" na Biblioteca Púbica Thales de Azevedo, no bairro do Costa Azul (em Salvador). Dessa vez foram convidadas as escritoras Cristina Ramos, autora do livro “Padre Sadoc: sacerdote, amigo, irmão” e Morgana Gazel, autora do romance “Enseada do Segredo“, que terão a oportunidade de falar sobre suas trajetórias literárias, suas obras e futuros projetos. O evento terá a mediação do jornalista e coordenador da UBE, Carlos Souza.

Nesta edição, o público terá acesso à exposição de livros das escritoras em destaque e sessão de autógrafos. Livros do Selo Editorial Ómnira, instituição parceira da UBE, também estarão à disposição dos interessados em conhecer livros de autores baianos.

Morgana Gazel, a escritora de romances, contos e poemas, abordará o tema “qualidade da escrita na atividade literária”. Além disso, falará de seus dois romances, um deles com a segunda edição no prelo, o outro em fase adiantada de elaboração. Contará também o que a levou a se voltar irrevogavelmente para literatura quando se dedicava com sucesso à clínica psicológica.

A escritora Cristina Ramos afirma que resumidamente levará informações como "quem sou eu”, seu amor incondicional por escrever, dificuldades que enfrente e como consegue enfrentá-las; além de conscientizar outros autores sobre a importância da filiação a entidades competentes (UBE), “pois sozinho ninguém consegue”, salienta. Cristina também antecipa que não esquecerá de trazer a tona questões inerentes a qualidade. “Devemos perguntar sempre a nós mesmos, com imparcialidade na resposta: o que escrevo tem conteúdo?”

O projeto Papo de Escritor acontece a cada dois meses, sempre trazendo dois escritores contemporâneos, para participar de um bate-papo com o público, visando assim, abrir um diálogo entre os leitores e os autores, com o objetivo da popularização da cultura literária, através de eventos que incentivem a leitura de obras desses mesmos escritores.

As escritoras: Cristina Ramos (Maria Cristina Pires Silva Ramos) – Integra a antologia O Grande Show das Escritoras Brasileiras, publicado em Português e Francês. Tem dois livros prontos: Era Buylling e eu não sabia e Nasci para vencer, que serão apresentados ao público brasileiro logo após o lançamento do livro sobre Monsenhor Gaspar Sadoc, que tem por título: Padre Sadoc - Sacerdote, amigo, irmão, que será lançado no dia 8 de setembro, a partir das 17h30, no Instituto Feminino da Bahia. Neste livro existem textos inéditos de Maria Bethânia, Dona Canô, Lícia Fábio, Adelmário Coelho, Mabel Velloso, entre outras celebridades.

Morgana Gazel é psicóloga e escritora. Diz que escrever romances é seu tributo à vida, escrever contos e poemas é seu deleite. Tem o romance Enseada do Segredo, que chega a segunda edição ainda este ano, e está escrevendo o segundo, Liberdade Negada. Até agora participou de quinze coletâneas, com contos ou poemas, entra elas O Grande Show das Escritoras Brasileiras, publicado em Português e Francês. A Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE) selecionou e publicou um de seus poemas como um dos melhores de 2009 e um dos contos como um dos melhores de 2010.

Serviço
O que: Papo de Escritor, com Cristina Ramos & Morgana Gazel
Onde: Na Biblioteca Pública Thales de Azevedo – Costa Azul, Salvador – Ba
Quando: Dia 06 de agosto (sábado), a partir das 9h30.
Entrada: Gratuita
Mais informações

ube.bahia@gmail.com

http://www.ube.org.br/

(71) 8122-7231 / 8146-0940

Sunday, July 31, 2011

Escritor baiano adere a campanha de leitura das Nações Unidas

“Faça Faça Uma Coisa pela Diversidade e Inclusão", funciona numa página do Facebook e convoca pessoas a compartilhar experiências com mensagens e vídeos.


Valdeck Almeida de Jesus resolveu aderir ao projeto através dos livros que ele patrocina desde 2005. Através do “Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus”, poetas do mundo inteiro interagem e concorrem a uma vaga numa obra lançada nas bienais do livro de São Pauli, Rio de Janeiro e Bahia. Já foram publicadas mais de onze antologias de poesias, contos e crônicas de autores do Brasil, Portugal, Espanha, Angola, Moçambique, Holanda, Estados Unidos, França, Argentina, Inglaterra e China, dentre outros.


Valdeck Almeida de Jesus e Renata Rimet, em viagem cultural a Portugal, Itália, Mônaco, Espanha, Suíça e França - Foto: Naelson Ceuta - Administrador

A campanha de inclusão foi lançada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e a Aliança de Civilizações da ONU (Unaoc). A ideia é reforçar a importância da democratização da leitura como um dos fatores de ascensão socioeconômica. E Valdeck Almeida de Jesus é um exemplo de que o acesso ao livro e leitura podem, sim, modificar o destino de qualquer pessoa. Nascido em uma família pobre, com sete irmãos, pai doente e mãe paralítica, o poeta enfrentou a miséria absoluta por vinte anos, mas sempre investindo em cultura, em educação e incentivando a família a estudar.

O gosto pela leitura o mecenas Valdeck adquiriu desde criança, quando Paula Almeida de Jesus, mãe do poeta, lhe contava estórias fantásticas da literatura de cordel. Para o escritor, “a contação de estórias, hábito em muitas famílias do nordeste, ajuda a criança a imaginar, fantasiar e se apaixonar pelos relatos. O passo seguinte é conhecer a fantasia na leitura. Daí em diante não tem mais cura: o ouvinte se torna leitor e, na melhor das hipóteses, vira escritor”.

A ideia de patrocinar um concurso de poesias veio do sonho não realizado de publicar um livro quando Valdeck tinha 19 anos de idade. A promessa de um prefeito do interior da Bahia foi esperada por mais de vinte anos, até que Valdeck Almeida cansou de esperar e pagou a edição do seu primeiro livro, “Memorial do Inferno”, prefaciado pro Lázaro Ramos, cuja renda foi doada às Obras Sociais Irmã Dulce.

Atualmente o escritor de Jequié, terra de Wally Salomão e Zéu Brito, já tem mais de dez livros solos publicados e participa de sessenta antologias, além de frequentar saraus e recitais poéticos, bem como o Fala Escritor. Junto com os jornalistas Carlos Souza e Cymar Gaivota, Renata Rimet (educadora e formanda em Letras), Fau Ferreira (filósofa), Pinho Sannasc (poeta) e Leandro de Assis (historiador e poeta – fundador do Fala Escritor), Valdeck Almeida de Jesus organiza as apresentações de poesia, música, palestras e bate-papos, todo segundo sábado de cada mês, nas Livrarias Saraiva de Salvador.

Fonte: Redação Galinha Pulando, com informações da ONU e África21Digital

Wednesday, July 20, 2011

Fala Escritor no Domingo na Praça

Grupo realizará roda de poesia no Farol da Barra e Dique do Tororó junto com a Biblioteca Móvel

O projeto Fala Escritor, que acontece mensalmente na Livraria Saraiva dos Shoppings de Salvador, realizará duas edições especiais, em parceria com o projeto Domingo na Praça, da Fundação Pedro Calmon/SecultBA. A primeira será neste domingo, dia 24, a partir das 9h, no Farol da Barra, e a segunda no domingo seguinte, dia 31, no Dique do Tororó. Os organizadores e poetas do Fala Escritor levarão para as ruas da cidade muita prosa e poesia, com o intuito de incentivar o hábito da leitura, em crianças, jovens e adultos. A Biblioteca Móvel estará à disposição do público no horário das 8h às 12h.

Com o lema “Aqui você acontece!”, o projeto Fala Escritor abre, mensalmente, espaço para poetas, cronistas, contadores de causos e de histórias, além de outros artistas que queiram mostrar sua arte para o público de Salvador. O projeto nasceu da iniciativa do historiador e poeta Leandro de Assis, em parceria com outros artistas da palavra. “O sarau do Fala Escritor acontece sempre dentro dos shoppings, mas o nosso objetivo é levar a poesia para as ruas e praças da cidade. Para começar essa nova etapa, a parceria com o a Biblioteca Móvel será muito positiva, pois estaremos juntos em uma ação já consolidada nas Praças de Salvador”, diz Leandro Assis.

No veículo da Biblioteca Móvel, o público tem a sua disposição mais de 500 livros e revistas, incluindo obras de vários gêneros das literaturas nacionais, estrangeiras e infanto-juvenis, além de gibis e jornais, que são disponibilizados em estantes e mesas. Os leitores encontram ainda leitura ao ar livre, oficinas literárias, recital de poesia, teatro, arte educadores e contação de histórias, jogos recreativos e educativos.

Serviço:
O que: Domingo na Praça com a participação do Fala Escritor
Onde: Farol da Barra e Dique do Tororó
Quando: Dias 24 e 31, das 8h às 12h
Quanto: Grátis

Contato: 71 3117- 6035

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Assessoria de Comunicação
Fundação Pedro Calmon – SecultBA
(71) 3116-6918/ 6919/ 6676

Thursday, July 14, 2011

Poeta mineiro Alexandre Bonafim comenta sua obra na próxima quarta-feira, 20, na Fundação Casa de Jorge Amado

(...) um poeta da estirpe do belo-horizontino Alexandre Bonafim, autêntico “mineiro marítimo”, digno herdeiro de Eugénio, assim como de Cecília Meireles, Sophia de Mello Breyner Andresen, Luis Cernuda, Dora Ferreira da Silva, entre tantos mestres amados, pede muitas leituras. A voz que ecoa neste arquipélago é tão rica e rara que, sem dúvida, encantará cada leitor de cada ilha ou de cada estrela que dele se aproximar- Luíza Mendes Furia, escritora e jornalista.

No próximo dia 20 de julho, quarta-feira, a Fundação Casa de Jorge Amado recebe, no projeto Com a Palavra o Escritor, ninguém menos que o mineiro Alexandre Bonafim. Nas palavras de Álvaro Cardoso Gomes, Bonafim é “poeta maduro, dono já do seu ofício, (...) com rigor, explora temas já consagrados pela poesia clássica, mas insuflando-lhes um sopro novo e original, graças ao domínio de uma práxis poética que não se rende aos apelos do canto de sereia dos modismos estéreis”.

Alexandre Bonafim nasceu em Belo Horizonte, onde viveu até os 8 anos de idade. Morou também em Franca (interior de São Paulo) e Assis (Alemanha), até chegar a Goiânia, onde reside atualmente. É poeta, ficcionista e crítico literário. Publicou os seguintes livros de poesia: Biografia do deserto (2006), A outra margem do tempo (2008), Sagração das despedidas (2009), Sob o silêncio do anjo (2009), Arqueologia dos acasos (2010) e Arquipélago do silêncio (2011). Teve seu conto "O cavalo azul" publicado na antologia portuguesa Um rio de contos, livro no qual autores de Portugal e Brasil foram reunidos, em importante obra. Participa da antologia Roteiro da poesia brasileira, da editora Global, organizada por Marco Lucchesi.

Bastante elogiado por diversos autores, poetas e jornalistas, Bonafim, segundo Cleri Aparecida Biotto Bucioli, “sem medo ou escrúpulo de ferir-se, constrói uma percepção de mundo a partir de um olhar que perscruta, vai além do que a superficialidade permite. O poeta não recusa o aqui e o agora, aceita-os com suas mazelas. Seu olhar contemplativo investiga, infiltra-se no âmago dos seres e, nesse afã de construir a percepção a partir do contato direto com o real, apresenta uma poesia lancinante. O leitor é golpeado por uma poética que lhe aguça sentimentos mistos”.

O Com a Palavra o Escritor, há 17 anos, promove o encontro entre autores e público através de depoimentos informais. No evento, escritores de ficção e poesia, críticos, historiadores e tradutores já tiveram ocasião de partilhar sua experiência pessoal sobre a aventura de publicar um livro.

Com a Palavra o Escritor
Alexandre Bonafim
20/07/2011, quarta-feira, 17h
Fundação Casa de Jorge Amado – Largo do Pelourinho


Maiores informações:
http://www.jorgeamado.org.br/

comunicacao@fundacaojorgeamado.com.br

Sunday, July 10, 2011

Poète Camila Nicácio

Camila Nicacio - Foto: Flávia Mafra


Por Márcio Almeida


1: Camila, há quanto tempo você vive na França? O que você faz em Paris?

Minha “epopeia” francesa tem dois tomos: o primeiro vai de 2003 a 2006, quando vim fazer um mestrado em sociologia do direito, na Université Paris III, Sorbonne-Nouvelle; e o segundo, de 2007 até hoje, período em que preparo um doutorado em antropologia do direito, na Université Paris I, Panthéon-Sorbonne. Ou seja, exceto um interregno de quase dois anos vividos no Brasil; estou aqui ha aproximadamente 7 anos, período em que globalmente me especializei em métodos não-adversariais de administração de conflitos e em políticas públicas de acesso à justiça.

2: O que a motivou a fazer poesia?

Eu apontaria três motivos. Primeiro, acho que o ambiente familiar da minha formação foi decisivo. Não me lembro muito, mas sei da casa de meus pais sempre aberta, pessoas vindas de todos os lados, todos os registros sociais, todas as identidades sexuais, todas as profissões, etc. Alguns preconceituosos chamariam isso de “promiscuidade”. Enfim, uma atmosfera que reunia ingredientes fundamentais: vontade de fazer coisas bonitas, ímpeto para concretizar esta vontade e solidariedade para dividir méritos e deméritos das realizações.

Desta alquimia, testemunhamos, eu e meus irmãos, um pouco de tudo ser feito: teatro, poesia, escola de samba, festa de São Cosme Damião, congado e belíssimas serenatas. Ou seja, se concordarmos com o Paulo Mendes Campos, para quem um romance é “só um jeito de contar a vida”, eu poderia dizer que a história daquelas presenças foi contada de um modo essencialmente poético, a começar por minha mãe Maria Célia e meu pai Toninho.

Eu trago tudo isso comigo e me sinto privilegiada por ter nascido naquela casa, naquela família, com essa história, tal como ela é, nem mais nem menos. Segundo: a este edifício vão se somar referências carinhosíssimas e penso especialmente nas professoras "Tia" Lilia e dona Marlene Bicalho, o gosto delas pela leitura bonita, pelo português escrito claro e rico, como ele é. No Ginásio, dona Dinéia Andrade pediu-nos certa vez pra decorarmos um poema do Drummond e declamarmos no dia seguinte. Este poema se chama "Para sempre". Eu tinha 11 anos, eu o decorei, eu o declamei, eu nunca o esqueci. Até hoje, em momentos mais solitários, eu saco este poema lá dos cafundós da emoção, eu repito as palavras devagar, eu as saboreio; elas vêm comigo. Terceiro: minha avó Cicinha "desenhava" as letras, pois nunca estudou como se devia; no entanto, mais velha, ao lê-la, eu confirmei uma suspeita antiga: às vezes basta ter palavras para falar do mundo que se tem à mão, não de outro indisponível, imaginado. A poesia se acomoda das nossas ferramentas e isso é bonito.

3: Quais são as referências poéticas de Camila Nicácio?

Eu identifico, sobretudo, duas mulheres. A primeira é a Hilda Hilst. A segunda é a Adélia Prado. As duas me tocam nesses mesmos três lugares: a sensualidade com que escrevem; o destemor para interrogarem a morte; a indisciplina (ainda que devota, no caso da Adélia) para falarem de Deus. Os estilos são diferentes e para mim, luxuosos, cada um à sua medida. A própria língua é que se encanta quando Hilda diz "que mitos, meu amor, entre os lençóis; o que tu pensas gozo é tão finito e o que pensas amor é muito mais" e Adélia, "Um corpo quer outro corpo; uma alma quer outra alma e seu corpo; este excesso de realidade me confunde"…

4: Como você definiria sua forma de escrever, seu estilo?

Antes, eu escrevia poemas longos, mais rebuscados, com palavras “impossíveis de serem cantadas”, como dizia meu irmão. Ele me ajudou neste sentido, dizendo, "Mila, tá barroco demais! Vamos simplificar isso aí!" Ele insistiu até um dia em que fiz para ele uma letra de música em que eu usava a palavra "banana"... Ou seja, na minha cabeça, uma avacalhação. Ou o máximo que eu podia conceber até então. Ironia ou não: a música ficou famosa e, num show, eu percebi que várias pessoas realmente cantavam com ele. (Risos). Bom, só para dizer que acho que meu jeito de escrever corresponde ou correspondeu até aqui ao meu "jeito de corpo": antes, mais ansioso, mais complicado, mais querendo dizer coisas demais; agora, sem dúvida mais leve, mais essencial eu diria. Nos grandes centros urbanos hoje, a vida é corrida, é barulhenta e tomada, em todos os espaços, por informações demais: no meio disso tudo, me agrada uma forma mínima, que não aumente muito os volumes, mas que não deixe - sem se impor ostensivamente - de tocar as pessoas.

5: Por que a poesia é necessária?

Eu dividiria esta resposta em dois níveis. O primeiro: a poesia é necessária para mim porque ela é minha “lente” para enquadrar o mundo, e a ideia de “curtas-metragens” não é à toa. Por mais que eu tenha também um olhar prático, às vezes estratégico, às vezes mais frio ou formal, e que eu reconheça a importância disso, é com essa "objetiva" - a da poesia - que eu tendo, por excelência, a considerar os eventos, as pessoas, as coisas.

Num segundo nível, e isso não é normativo, é na verdade um ideal: a poesia é fundamental no geral porque "a coisa tá feia demais, meu amigo!", tal como dizemos coloquialmente; um individualismo à toda prova, um cinismo institucional incomensurável frente à miséria de alguns países, às guerras, ufa... Você pode contra-argumentar, dizendo que a poesia não vai resolver isso; não, não vai, mas ela pode, no espaço da nossa vida finita, trazer um sopro de encanto, pra cada um poder seguir.

6: Quais são os principais motivos do seu livro Curtas-metragens?

O livro vem como um contra-golpe de duas coisas diferentes. A primeira: estou escrevendo minha tese de doutorado, um trabalho artesanal de análise, abstração e prospecção, que pode ser muito duro às vezes e que me demanda um tipo de exercício mental diferente daquele sugerido pelo poema. Assim, entre uma leitura e uma linha escrita para a tese, fazer um poema me alegrava, fazia-me sentir forte, refeita; uma verdadeira excitação, como se eu estivesse preparada pra retomar a tese e escrever mais 20 páginas. E depois voltar e me dedicar a mais um poema. Neste sentido, você pode me considerar uma escritora "de ocasião", vulgar assim, mas não menos amorosa das palavras.

A segunda: morar aqui já há este tempo todo significa, para além dos prazeres evidentes, uma privação dos afetos que tenho no Brasil (afeto no sentido largo, os amigos, os tira-gostos nos botecos preferidos, a cor da noite). Os Curtas-metragens, eu os escrevi aqui, em francês, às vezes no metrô, saindo cansada da biblioteca, a caminho do supermercado em que faço as compras parcas da minha vida de mulher solteira num pais estrangeiro... Talvez essa relação seja difícil de se evidenciar, mas escrever esses poemas, em outra língua, com esta saudade, foi uma maneira de viver, talvez pela primeira vez, plenamente esse corte umbilical com meu país. Eu precisava muitíssimo disso, uma liberdade a mais, eu diria. Escrever em francês não nega a minha língua materna, mas me diz que coisas bonitas podem acontecer sem ela também. Ou seja, o livro é uma alegoria de uma diferenciação fundamental: deixar laços, sem esquecê-los portanto.

7: Como é a experiência de iniciar uma carreira poética lançando livro bilíngue na França?

Por enquanto, estou só surpresa e feliz... o que já considero belo como saída! Quando escrevi os poemas, não pensava absolutamente na publicação. Tudo aconteceu muito rápido. Mostrei a dois amigos, que se encantaram e me incentivaram a apresentá-los às editoras. Aqui várias pessoas já leram e apreciaram, o que me deixa muitíssimo gratificada.

Mas acho importante falar que é algo também bem “pelejado”, e que não vale a pena “glamourizar” onde não há glamour nenhum: enviei o manuscrito a 20 editoras; demoraram em média 5 meses pra responder; cansei de ouvir “não”, cada hora por uma razão diferente: “não entra na linha editorial”, “só publicamos autores do nosso catálogo”; “estamos submersos em tanto trabalho”, etc., etc. Até que recebi a resposta de duas editoras, uma francesa e uma portuguesa, dizendo que se interessavam pela publicação. Fiquei eufórica, pois o “objeto” livro é maravilhoso e, para mim, muda tudo entre enviar meus poemas a um amigo para que ele os leia no computador e oferecer-lhe um livro com uma palavra carinhosa na primeira pagina! Por outro lado, não me faço ilusões, sou estrangeira aqui, trata-se de um primeiro livro e um primeiro livro de poesia (que só circula em meios restritos): ou seja, não vai ser dessa vez que vou ficar rica com direitos autorais (risos), mas o prazer e a alegria se reembolsam facilmente.

8: Por que a questão do erotismo é forte em sua dicção poética?

O erotismo é forte porque está integrado na vida quotidiana, nos pequenos gestos, nas pequenas horas e não simplesmente reservado a um momento singular, esperado, raríssimo talvez, entre quatro paredes sempre e unicamente. Não há tabus. Ou eu deveria dizer que há menos tabus, eles se imiscuindo às vezes tão sorrateiramente nas nossas mentes e hábitos? O erotismo não significa negar os poderes medicinais do tédio e da rotina (risos) na construção das relações. Eu não parto de uma visão encantada dos encontros, mas encontrando as pessoas, eu logo dou um jeito de tentar encantar o que se deixa encantar. Por que não?

9: O que, na sua opinião, há em seu livro que possa motivar qualquer leitor(a)?

Acho que qualquer leitor pode se identificar com o que escrevi. A identificação com um texto normalmente é o que seduz. São 70 poemas, não digo que o leitor vai se identificar com todos eles. Mas com pelo menos um, e por motivos diversos, ele poderá fazê-lo. A linguagem é acessível, o suspiro atrás da linguagem é acessível. A liberdade e o desprendimento para lê-los, no entanto, são menos gratuitos e convidarão leitores e leitoras a um exercício fundamental de tolerância.

***
"Nascida no Brasil (1977), Camila Nicácio tem, graças a seus pais professores, seu imaginário povoado de personagens e histórias fantasiosas desde a infância. Entre vida real e ficção, cultiva um olhar simples e afetivo sobre o mundo. Formada em direito, ela entretém o gosto pelas palavras e o amor pela língua francesa a encoraja à aventura poética que dá origem a estes Curtas-metragens."
Mail de contato: camilanicacio@hotmail.com  

* * *
Márcio Almeida, 63, é mestre em Literatura, escritor, crítico de raridades, jornalista, professor universitário.
E-mail: marcioalmeidas@hotmail.com
Fonte: Cronopios

Tuesday, July 05, 2011

Varal Antológico é lançado no Fala Escritor

Valdeck Almeida de Jesus e Varenka de Fátima participam do evento

A obra Varal Antológico contém textos de 38 escritores e marca o primeiro ano do projeto, completado em novembro de 2010. Idealizado pela brasileira Jacqueline Aisenman, a ideia é difundir novos e consagrados escritores de uma maneira nova: Literária, mas sem frescuras!

Valdeck Almeida de Jesus, jornalista e escritor, participa da obra. Valdeck é um dos mais atuantes escritores da atualidade e está presente em bienais do livro, saraus literários, encontros de escritores e recitais poéticos, como também na rede mundial de computadores. Foi na internet que ele conheceu o Varal do Brasil e, desde então, não parou mais de enviar textos para a antologia on-line. Para ele o Varal Antológico “é uma maravilhosa porta de entrada da literatura brasileira na Europa”.

A poetisa e dançarina Varenka de Fátima Araújo também participa do livro. Varenka é natural de Salvador, formada em Direção Teatral pela Universidade Federal da Bahia, é figurinista da Escola de Teatro da UFBA. Professora de Teatro em Salvador. Cursou Licenciatura em Desenho na Escola de Belas Artes da UFBA. Atriz, maquiadora e figurinista de várias peças teatrais. Participou do Prêmio Literário Valdeck Alemida de Jesus, 2008 e 2009; participante ativa de vários movimentos literários baianos, do Recanto das Letras e do próprio Varal Literário na internet.

Colaboradores
Convidado, o poeta Alcides Buss enviou o poema “Idades de Ser Feliz”, que abre o livro. A poeta e escritora catarinense Regina Carvalho prefaciou a obra, comparando os autores à Galáxia de Gutenberg. O jornalista e escritor lagunense, radicado em Florianópolis, Celso Martins da Silveira Jr., assinou as orelhas. A capa traz arte gráfica de Isabella Sierra em inusitada clicada de Fátima Michels. Encarregado de todo o processo editorial e impressão do Varal Antológico, o premiado autor catarinense Carlos Schroeder, encabeçando a equipe da Design Editora de Jaraguá do Sul-SC.

Após o lançamento o livro estará à venda nas 18 Livrarias Catarinense e Curitiba em Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis e São Paulo. O Varal Antológico pode ser adquirido no site www.livrariascuritiba.com.br

Em Genebra, Suíça, o livro estará à venda na Livraria Camões – Boulevard James Fazy no. 18 – 1201 ou pelo site da livraria: www.livraria-camoes.ch

Publicação na internet
Na versão online são divulgados autores que escrevem informal ou profissionalmente. Os mesmos escritores têm espaço no site (www.varaldobrasil.com), junto com artistas que fazem música, pintam, desenham, fazem artesanato, esculpem... O site do Varal é um porto carinhoso e virtual para todos os tipos de arte!

SERVIÇO
O que: Varal Antológico
Quando: 16.07.2011, 18 horas
Onde: Livraria Saraiva – Shopping Iguatemi
Fonte: Jornal do Brasil

Saturday, June 11, 2011

Six FUFU estreia em Salvador

Por: Valdeck Almeida de Jesus




Hilária, cômica, engraçada, supreendente. São tantos adjetivos que se podem usar que é melhor melhor assistir para entender e morrer de rir. Faça como Tomomé, o apóstolo que só acreditava vendo. E vendo, você também vai saber do que se trata. São esquetes que brincam com o cotidiano, com as situações cômicas que se passam na vida de qualquer um. Mas, com o tom satírico, sarcástico e irônico, você só vai ver em Six Fufu. O nome da peça já é um trocadilho com a famosa frase “vá se …” que todo mundo conhece mas fica corado se ouvir alguém pronunciar em público.

Em cima do palco, por trás das máscaras, plumas e paetês, todo mundo cai na dança e pede mais. Na trama, arlequins, chapeuzinhos vermelhos, travestis, diabos, pastores e sapatões, sem falar na Gabrixuhebe e Jeflux, mandando todo mundo ir à merda. Nada agressivo, no entanto. As esquetes se entrelaçam, brincam com a “invenção dos viados”, Santa Ceia, traição de Judas, não necessariamente nessa ordem.

Quer dizer, ordem tem, mas as cenas são ágeis, dinâmicas e ao mesmo tempo tão loucas e inesperadas, que a graça está justamente na supresa, na sutileza. Prestar atenção e dar pitaco pode, principalmente durante a interação da Beata Sapatão com o público, na dança de lançamento de um CD de música satírica.

No papel de uma travesti que caça homem nas esquinas, Léo Dragone surpreende pela originalidade. Ele encarna uma bicha podre que caça homem nas esquinas com outra biba e uma prostituta. Na caçada, faz uma viagem entre o brega e a decadência, demostrando bem a vida difícil por que passam as profissionais do sexo. Na pele de uma “baiana arretada” com sotaque mexicano, Leo faz a travesti sair do lugar comum e atrai olhares para a transformação que imprime à personagem Pitinha Furacão. O Pastor Chênia, outra personagem de Léo Dragone, luta entre a vontade de fazer fechação e servir à Igreja da Talaga Violenta, enquanto contracena com a Beata Sapatão e Gabrixuhebe. Finalmente, na Santa Ceia, é a principal amiga de Jeflux, com quem divide confidências sobre experiências no mundo do pecado.

No elenco, novas estrelas da cena baiana: Adriana Lisboa, Anderson França, Carlos Ferreira, Felipe Ferreira, Léo Dragone, Marina Ramos, Milena Bahia, Rogério Gomes, Wagner Góes e Victor Victório.

Serviço:
O Que? Espetáculo Teatral Six fufu… Seis Comédias Infernais
Texto e direção: Fábio Tavares
Classificação 14 anos
Quando: Sábados e Domingos às 19:00H (entre 14 de Maio e 14 de Agosto/2011)
Onde: Centro Cultural Ensaio – Sala/ Teatro Paulo Autran
Contatos: (71) 3010-7122, 3328-3628
Endereço: Av. Leovigildo Filgueiras, 58 Garcia (próximo à Faculdade 2 de Julho) Ingressos: R$ 15,00 (inteira) R$ 7,50 (meia)

Fonte: Jornal do Brasil

Sunday, June 05, 2011

Fala Escritor: um grande Sarau para comemorar 20 edições...

Poesia e bate papo descontraído, regado a música, nas vozes de Belpa Mariani - divulgando seu primeiro CD - e Sávio Andrade, que promete Pocket Show de música e poesia, tendo como temática central O AMOR.

Em clima de romance, convidamos poetas, declamadores, recitalistas e principalmente escritores e seus rascunhos, o amor literalmente no ar, a poesia embalando a noite em mais uma edição que promete ser especial…

Atrações:
A cantora Belpa lançou seu primeiro CD no dia 22/12/2010, no Ciranda Café e logo em seguida fez um show no Teatro Eva Hertz, na Livraria Cultura. O disco, produzido por Kiko Souza e com composições de Márcio Valverde, teve os arranjos preparados por diversos músicos, como Duarte Velloso, Júlio Figueredo e Luciano Bahia. As 11 faixas, de acordo com Belpa, refletem sua própria vida e, juntas, são como uma colcha de fuxico, com diversos segmentos e com a essencial participação dos instrumentistas que a ajudaram nesse importante passo na carreira. No CD, as faixas estão divididas em samba, bolero, chula, pop, valsa… Se lhe perguntarem qual estilo canta, ela responde rapidamente: MPB, porque é muito vasta. Mas curte o que toca, o que emociona…

Sávio Andrade é cantor e toca violão desde os oito anos de idade. Ele começou seu trabalho musical nos palcos baianos em 2004, com o show choir Coronlaine, regido pelo maestro Cícero Alves Filho, tendo participado de diversos musicais com o grupo e de uma turnê nos Estados Unidos em 2005. Fez shows nos teatros Sesi e Acbeu, acompanhado pelo pianista e regente Eduardo Torres e pela pianista Kalinca Liss, sempre cantando o amor através de composições de Chico Buarque, Tom Jobim, Ivan Lins, Djavan, Vinícius de Moraes. É vocalista da Banda Compassos, na qual interpreta com muita harmonia e inglês impecável standards americanos de ícones como Nat King Cole, Frank Sinatra, Tony Bennett, Al Jareau, bem como canções de Elton John, Michael Jackson, George Michael e Michael Buble. Suas apresentações são sempre permeadas por muita poesia, outra grande paixão…

Novidade
Estará presente nesta edição a Academia de Cultura da Bahia, representada por seu presidente Benjamin Batista (foto com Cymar Gaivota), que convidará a todos para a cerimônia de posse dos novos acadêmicos, a ser realizada em 17 de junho na Capela da Faculdade Dois de Julho. Na mesma cerimônia de posse, será lançado mais um número da Revista da Academia.



Fala Escritor. Aqui você acontece!
O Fala Escritor foi idealizado pelo historiador Leandro de Assis e tem apoio dos jornalistas Carlos Souza, Cymar Gaivota e Valdeck Almeida de Jesus, da filósofa Fau Ferreira, do poeta e compositor Pinho Sannasc e da Administradora Renata Rimet.



Serviço
O que: Fala Escritor
Onde: Livraria Saraiva Shopping Iguatemi (Espaço Glauber Rocha).
Quando: Dia 11 de junho (sábado), a partir das 18h.
Entrada: Gratuita
Informações: (71) 8805-4708 / 8122-7231

Wednesday, June 01, 2011

As casas que acreditamos ser eternas

As casas que acreditamos ser eternas, primeiro livro publicado pelo autor,


é uma composição de poemas escritos entre 2001 e 2007, período de intensa produção.

O livro se divide em 3 partes:


- sal do tempo, composto principalmente de poemas afetivos;

- as casas que acreditamos ser eternas, composto especialmente de poemas críticos;

- vestes de sonhar, composto de poemas oníricos.



As vendas são feitas diretamente no site da AGBook ( www.agbook.com.br)

Valor.: livro impresso - R$ 27,32

ebook - R$ 9,65



Compre aqui: AGBOOK



Evandro Alves Maciel


http://eloarte.blogspot.com/

evandro@pompeia.sescsp.org.br 

Você já leu Memorial do Inferno, de Valdeck Almeida de Jesus?

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